Nesta segunda-feira (15), os professores e auxiliares de serviços gerais da rede pública municipal da educação de Bodocó-PE, no Sertão do Araripe, foram às ruas reivindicar seus vencimentos integralmente, uma vez que o governo municipal alegando falta de recursos do governo federal em relação a complementação do Fundeb, parcelou o pagamento do mês de dezembro de 2017, sendo pago a primeira parcela correspondente a 50% do total nesta segunda (15) e mais três a serem pagas nos meses de fevereiro, março e abril do corrente ano.
Os professores e auxiliares saíram em passeata pelas principais ruas e avenidas da cidade mostrando através de cartazes e discursos sua indignação com a atitude do prefeito.
Os parcelamentos de salários em prefeituras acontecem muito nas mudanças de gestões, pois a nova gestão sempre alega que pegou os cofres vazios, no entanto, o que está acontecendo em Bodocó é um parcelamento no primeiro ano de mandato do prefeito, muitos acreditam ser inédito ou pelo menos não se tem lembrança se já houve caso parecido em tempos passados. São muitas as críticas em relação a esse desequilíbrio financeiro nos cofres da prefeitura de Bodocó o que leva muitos a acreditarem se tratar de uma gestão sem planejamento.
Consultando o site do Banco do Brasil é possível visualizar os recursos financeiros em relação ao FPM – Fundo de Participação dos Municípios e FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. No mês de dezembro de 2017 foram depositados 3.450.732,85 (Três milhões e quatrocentos e cinquenta mil do FPM) e cerca de um milhão e setecentos mil do FUNDEB, somados chegam a mais de cinco milhões de reais em um único mês.
O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é a maneira como a União (Governo Federal do Brasil) repassa verbas para os municípios brasileiros, cujo percentual, dentre outros fatores, é determinado principalmente pela proporção do número de habitantes estimado anualmente pelo IBGE.
Diferentes de verbas vinculadas, como as destinadas à saúde e educação, o FPM é utilizado por municípios de pequeno porte como combustível que move a administração pública.
Por Elismar Rodrigues
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