Focado em pacificar o centrão, Michel Temer vê dentro de sua própria casa, o PMDB, o maior empecilho à paz no Congresso. Antes da posse de Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo, a bancada da Câmara levou ao presidente insatisfação com o tamanho de PSDB e PP na Esplanada. Usa o fato de que agora um tucano comanda a articulação política para se dizer desimpedida de criar problemas. Aos peemedebistas Temer reconheceu o “desequilíbrio” e prometeu mais espaço.
A bancada diz que não precisa “nem de um ministério” — se contentaria, por exemplo, com uma secretaria nacional da pasta das Cidades, hoje coincidentemente nas mãos do PSDB.
Peemedebistas estão incrédulos com a versão de que o deputado José Priante recebeu telefonema de Temer pedindo para que retirasse a candidatura a vice na Câmara. Já procuram pelo Planalto quem é o imitador da voz do presidente.
Uma das ideias para a comissão especial que vai analisar a PEC da reforma política na Câmara é que ela tenha um presidente de um partido pequeno e um relator de um partido grande. Rodrigo Maia, assim, se livraria das acusações de perseguição aos nanicos. (Painel - Folha de S.Paulo)