Do G1
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou, hoje, que não há "absolutamente nenhum constrangimento" por parte do governo quanto à suspensão da nomeação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, ontem, por um juiz federal de Brasília.
A ação com base na qual o juiz tomou a decisão foi apresentada por três cidadãos na primeira instância da Justiça Federal em Brasília, sob a alegação de “desvio de finalidade” e “ofensa à moralidade”.
Eles argumentavam que Moreira Franco foi nomeado pelo presidente Michel Temer, após a homologação da delação premiada da Odebrecht, para ganhar o chamado “foro privilegiado”. À noite, ao sair do Palácio do Planalto, Moreira Franco limitou-se a dizer repetidamente: "a AGU está cuidando disso".
“De parte do governo posso garantir que não há nenhum constrangimento. Absolutamente nenhum constrangimento. As decisões pessoais do ministro Moreira Franco, o próprio é quem tem de ser consultado. Para nós do governo não há constrangimento nenhum, nós temos conhecimento daquilo que foi feito, das circunstâncias em que foi feito”, defendeu Padilha após discursar em um evento da Caixa em Brasília.
Após a declaração de Padilha, a Advocacia-Geral da União informou, por meio de nota, que conseguiu derrubar a liminar que suspendia a nomeação do ministro Moreira Franco da Secretaria-Geral da Presidência. A decisão, segundo a AGU, foi proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1)
Questionado se o cronograma de concessões previsto pelo governo poderia sofrer atrasos com a suspensão de Moreira como ministro, Padilha disse que não há "temor" e que a equipe responsável pelo tema continua trabalhando normalmente.
“Não temos temor em relação ao atraso de absolutamente nada. A equipe do nosso ministro Moreira continua trabalhando como se nada tivesse ocorrido, portanto não há atraso nenhum”, argumentou.